A partir de segunda-feira (09), 23 Unidades de Saúde de Colatina estarão preparadas para realizar testes rápidos para diagnóstico da dengue. Os testes, que identificam a doença por meio de uma simples coleta de sangue, têm o diferencial de fornecer o resultado em cerca de 15 minutos, oferecendo agilidade no atendimento aos pacientes.
A Prefeitura de Colatina recebeu um total de 9.300 testes rápidos, enviados pelo Ministério da Saúde (MS), por meio da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). Esses testes visam ampliar o diagnóstico precoce da dengue e apoiar a rede de saúde municipal, principalmente nas unidades básicas e de urgência e emergência.
As unidades de saúde que oferecerão o serviço são: Centro, Operário, Jardim Planalto, Bela Vista, São Judas Tadeu, Vila Lenira, Colatina Velha, São Brás, Colúmbia, Maria das Graças, São Silvano, Vila Real, Santo Antônio, Honório Fraga, Nossa Senhora Aparecida, Nossa Senhora da Penha, São Pedro, São Marcos, São Miguel, Anchieta/Simonassi, Ayrton Senna, Carlos Germano Naumann e Vicente Soella.
A decisão de realizar o teste será tomada pelo médico, que avaliará os sintomas relatados pelo paciente. Segundo a coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Mariana Vieira Fleger, se o paciente estiver com sintomas de dengue há menos de cinco dias, o teste rápido pode ser feito.
“Caso o resultado seja negativo, o paciente será encaminhado para a Policlínica, onde poderá realizar exames mais específicos, como o RT-PCR ou o Elisa”, explicou a coordenadora.
No entanto, se o paciente apresentar sintomas por mais de cinco dias, o médico poderá encaminhá-lo à Policlínica para coleta de urina, com o objetivo de investigar outras doenças, como zika, chikungunya, ou até mesmo o vírus Oropouche. Também será feito o teste IGM para confirmação da dengue.
O teste rápido utilizado, denominado NS1, detecta a presença do antígeno NS1, uma proteína produzida pelo vírus da dengue, no sangue. Embora o exame tenha maior sensibilidade nos primeiros dias de infecção, ele é eficaz até o quinto dia após o início dos sintomas. Por isso, é essencial que o paciente realize o teste dentro da janela recomendada para um diagnóstico mais preciso.
Mesmo com a rapidez do diagnóstico, a orientação é que a amostra de sangue coletada nos testes rápidos seja enviada para o Laboratório Central (Lacen) para um diagnóstico diferencial. Isso é importante porque o teste pode ser negativo para a dengue, mas positivo para outras arboviroses, como o Oropouche.
A iniciativa visa intensificar o combate à dengue e garantir um atendimento mais eficiente para a população de Colatina, proporcionando a detecção precoce da doença e o direcionamento adequado dos pacientes para o tratamento necessário.
Foto: Rod Long/Unsplas
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