Profissionais de Saúde de Colatina discutem soluções para o avanço da Oropouche

Profissionais de Saúde de Colatina discutem soluções para o avanço da Oropouche

Diante do aumento dos casos da Febre Oropouche em Colatina e para receber informações essenciais sobre diagnóstico, prevenção e manejo da doença, médicos, enfermeiros e demais profissionais de saúde reuniram-se nesta quarta-feira, 12, no auditório do Sanear.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (Semus), Colatina registrou, até o momento, 135 casos da doença, além de um óbito que está sendo investigado. O distrito de Baunilha lidera o número de casos, com 27 registros confirmados. Outros 18 locais do município também identificaram casos:

  • São João Pequeno: 15
  • Quinze de Outubro: 12
  • Barra de São João Pequeno: 8
  • Santa Joana: 8
  • Carlos Germano Naumann: 5
  • Itapina: 5
  • Ayrton Senna: 4
  • Bela Vista: 4
  • São João da Barra Seca: 4
  • São Miguel: 4
  • Vila Lenira: 4
  • Boapaba: 3
  • João Manoel Meneghelli: 3
  • Paul de Graça Aranha: 3
  • Santo Antônio: 3
  • Aeroporto: 2
  • Barbados: 2
  • Colúmbia: 2

Situação no Brasil

Nas quatro primeiras semanas do ano, foram registrados 2.791 casos da doença no Brasil. O Espírito Santo preocupa, pois, desse total, o estado responde por 2.665 casos, chamando a atenção da mídia internacional, a ponto de alguns veículos recomendarem que turistas evitem passeios em solo capixaba.

Já se sabe que a faixa etária mais atingida é a de 15 a 40 anos, devido à maior exposição ao ambiente externo para trabalho. A doença afeta tanto homens quanto mulheres, mas ainda há muitas informações desconhecidas sobre ela.

“Parece dengue, mas não é. Sabemos que os mosquitos podem ser facilmente reconhecidos, pois o maruim é bem pequeno e o Aedes aegypti é maior e possui características distintas. É o que sabemos dela até hoje”, destacou a infectologista de Colatina Marina Malacarne.

Ela explicou que, por serem semelhantes, os sintomas da Febre Oropouche e da dengue frequentemente se confundem no diagnóstico.

“Há pouco conhecimento sobre a Oropouche. Estamos em surto, com várias cidades registrando muitos casos. Os desafios são grandes, principalmente no que diz respeito à escassez de estudos, à ampliação da testagem, à padronização do acesso aos testes sorológicos e à definição de como e quem notificar os casos”, acrescentou.

A coordenadora da Vigilância Epidemiológica da Prefeitura de Colatina, Mariana Vieira Fleger, ressaltou que o encontro foi essencial para esclarecer dúvidas dos profissionais, ampliar o conhecimento sobre o vírus Oropouche, seus sintomas e formas de transmissão, capacitando os profissionais para lidar com os surtos e melhorar a resposta em áreas endêmicas.

Transmissão e sintomas

A transmissão ocorre pela picada do mosquito conhecido popularmente como maruim ou mosquito-pólvora. O vírus tem circulado principalmente em áreas rurais.

Os sintomas são semelhantes aos da dengue, incluindo febre, dor de cabeça, dores musculares e articulares e mal-estar generalizado. Outros sintomas relatados são tontura, dor retro-ocular, calafrios, fotofobia, náuseas e vômitos. Em alguns casos, a doença pode evoluir para formas mais graves, como meningite e encefalite.

Prevenção

  • Remover detritos e matéria orgânica ao redor das residências;
  • Realizar a poda de árvores para manter os espaços mais ventilados e secos;
  • Evitar materiais que possam servir de abrigo para o mosquito;
  • Utilizar roupas de manga longa que cubram o pescoço e as orelhas;
  • Aplicar repelente, especialmente nos períodos da manhã e tarde, quando o inseto está mais ativo;
  • Redobrar os cuidados em ambientes de trabalho ao ar livre;
  • Gestantes devem ter atenção especial para evitar o risco de transmissão vertical, utilizando roupas de manga longa, repelente e permanecendo em locais protegidos.

Além disso, recomenda-se a instalação de telas com malha de 1,5 a 3 mm, já que o maruim é extremamente pequeno, cerca de 20 vezes menor que o Aedes aegypti. É essencial evitar água parada e a formação de lama, pois esses são locais propícios para a deposição dos ovos. Também é necessário remanejar chiqueiros e outras áreas que favoreçam a proliferação do mosquito.

Foto: Secretaria de Comunicação Social da Prefeitura de Colatina.

Informações à Imprensa:
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