“Destrave à escuta especializada dos abusos invisíveis” é o tema discutido no curso de capacitação promovido pela Prefeitura, por meio das Secretarias Municipais de Assistência Social, de Educação, Saúde e Trânsito, no auditório da Câmara Municipal. O curso tem três dias duração e faz parte da programação da 12ª Campanha Municipal de Enfrentamento à Violência,ao Abuso e à Exploração Sexual contra crianças e adolescentes, que acontece no mês de maio.
O curso tem como objetivo capacitar os profissionais que atuam na rede de proteção à criança e ao adolescente para a realização da escuta protegida, conta com a participação da especialista em Psicologia Jurídica e ex-psicóloga judiciária, e do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, Daniela Zeponi Garcia Reis. Participam o secretário Municipal de Assistência Social, Michel Bertollo; o presidente do Conselho Municipal de Direitos e Defesa da Criança e do Adolescente, Robson Scaramussa; e representantes das Secretarias Municipais, Conselhos Tutelares, Vara da Infância e da Juventude e de outros órgãos e instituições.
O secretário Michel Bertollo disse que o evento é extremamente importante para o avanço das políticas públicas desenvolvidas pela atual gestão municipal, que visam a promoção e a proteção das crianças e dos adolescentes. Na oportunidade, ele revelou que “está sendo feito um diagnóstico sobre a área da Infância e Juventude em Colatina, que é um documento que vai auxiliar muito para nós construirmos um plano municipal que vai nortear as políticas públicas importantes para a sociedade civil. Estamos construindo essa gestão com muita responsabilidade”.
Daniela Reis disse que vai abordar os aspectos da Lei. 13.431/2017 que estabelece o Sistema de Garantia de Direitos (SDG) da criança e do adolescente, vítima ou testemunha de violência e altera o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), e sobre os eixos estruturantes voltados pra a promoção, a defesa e o controle para a promoção integral como um todo, acrescentando que é preciso elevar o nível de consciência sobre os abusos e aprender sobre a parte prática da escuta, principalmente com fundamentos científicos.
“Os profissionais vão entender melhor a Lei 13.431, os aspectos gerais do desenvolvimento da escuta, o caminho que tem que ser trabalhado, como entrevistar a criança ou adolescente, e também o acolhimento da revelação da violência e os aspectos da revelação (retratação e negação) e a escuta especializada. Entenderem a necessidade de uma ferramenta, de uma técnica para conduzir uma conversa de uma forma científica, com fundamentos científicos importantes para transformar a realidade da violência numa cidade. Será uma formação para aprender como fazer, ou quando fazer, ou para quem encaminhar depois de ouvir uma conversa, uma escuta que pode ser agendada e estimulada por um profissional mais capacitado de referência da rede”.
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Texto: Redação PMC