É grande a expectativa dos moradores do distrito de Itapina para o Caminho do Cappelleti, que acontece no próximo domingo, dia 5. A concentração será a partir das 6 horas da manhã, em frente da Catedral do Sagrado Coração de Jesus, e trajeto de 25 quilômetros pela região sul do Rio Doce, até a sede do distrito de Itapina. Esse ano, a caminhada recebeu mais de mil inscrições.
O evento é realizado pela Prefeitura, através da Secretaria Municipal de Cultura, e é visto pelos moradores não apenas como um importante momento de diversão e saúde, mas principalmente também como uma ótima oportunidade de aumentar as vendas de seus negócios e melhorar a renda, inclusive gerando emprego.
Quem já está ansioso com a chegada das centenas de caminhantes é o comerciante Abel Sarter Bastida, proprietário da Farmácia Rossmann. “Eu gosto da agitação das festas que acontecem aqui, fica animado. Tenho certeza que neste ano vai ser melhor ainda. Eu sei que vai chegar muita gente e nós estamos nos preparando para receber o melhor possível. Meu filho e meu neto e amigos vão vir também. As festas aqui são momentos de muita confraternização de parentes e amigos, e eles vão vir para cá para todo mundo se encontrar”, disse.
A comerciante Rosiléia Araújo também vai aproveitar a oportunidade para vender cappelletti e outros produtos, junto com o marido e o filho. Ela conta que está muito animada “para receber todos e também os parentes e amigos, principalmente os itapinenses que moram fora e aproveitam as festas para passear e matar a saudade. Aqui é um local agradável e seguro, onde as pessoas podem passear tranquilamente num final de semana sem problemas.”
A mãe da dona de casa Eliana Lima Roccon, Maria da Costa, foi quem animou a filha a fazer os “chapeuzinhos” há semanas para não deixar para a última hora. Elas garantem que os mais de 100 quilos estão prontinhos para quem quiser experimentar. “Fizemos muito para que não falte. Além disso, vamos fazer outras comidas também, como strogonoff, feijão tropeiro, frango assado e arroz para quem quiser outra opção.”
Adriana da Silva Verdim. 42 anos, voltou a morar em Itapina, sua terra natal, depois de 30 anos, juntamente com a mãe, Maria Verdim e um filho. A mãe trabalhou por 30 anos na Santa Casa de Misericórdia de Vitória, e ela por nove anos, e há oito anos vieram para Colatina em busca de tranquilidade. No ano passado escolheram “o sossego de Itapina, um paraíso. Em Vitória, tive depressão e outros problemas de saúde. Fomos para a Colatina e não tomei mais remédio. E aqui, estamos desde o ano passado. Eu participei como caminhante em 2023, e gostei tanto que me preparei para vender muito capelletti e outras comidas aqui. É uma oportunidade de melhorar a renda”.
A anfitriã mais entusiasmada com as festas itapinenses, que sempre recebe os turistas de braços abertos, orgulhosa de mostrar o melhor do seu cantinho, Tânia Becalli, contou que preparou muito capelletti e também taiadela (macarrão italiano), e outras gostosuras. Disse que está sempre disposta a mostrar que Itapina seduz não só pelo seu patrimônio histórico e belezas naturais, mas também pela comida e simpatia de seu povo.
COMIDA ITALIANA
A Secretaria Municipal de Cultura informa que o preço do prato do cappelletti será de R$ 20, e garante que não vai faltar para ninguém que for para Itapina na festa que promete atrair um público muito especial que gosta de aliar lazer com esporte, gastronomia e história.
O cappelletti é uma comida que os colatinenses adoram, principalmente os de origem italiana. E Itapina, além de patrimônio histórico do município tornou-se o cantinho de Colatina que oferece o chapeuzinho feito de massa, também chamado de agnolini, em um evento criado especialmente para ele. É símbolo da gastronomia italiana dos imigrantes que chegaram aqui na segunda metade do século IX, e na sua forma tradicional é feito com ovos, trigo, água, farinha de rosca, sal e outros ingredientes, e recheado de carne de galinha caipira cozida num caldo saboroso, também com pedaços de galinha.
PERCURSO
Os caminhantes vão contar com sete pontos de apoio com frutas e água, e também atendimento médico. Na chegada em Itapina, eles serão recepcionados em uma estrutura preparada para a festa com barracas com vendas de produtos feitos pela comunidade, e muita música. Eles poderão retornar para Colatina em ônibus gratuito disponibilizado pela Prefeitura.
PASSEIOS
Quem for a Itapina também pode visitar alguns locais, entre eles, os casarões históricos, os dois museus que ficam na sede, as duas igrejas centenárias e a ponte inacabada desde meados do século passado, e também conhecer a árvore gameleira e passear de balsa no Rio Doce.
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Texto: Redação PMC
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